A compreensão das sequelas da COVID-19, também descritas como síndrome pós-COVID ou COVID longa, está surgindo através de estudos científicos em desenvolvimento.
Sintomas de diferentes partes do organismo, não relacionados com outras doenças, têm sido relatados por um número crescente de pacientes. A Organização Mundial da Saúde informou que dados disponíveis indicam que uma em cada quatro pessoas pode permanecer com sintomas da doença entre quatro e cinco semanas depois de testar positivo para o Sars-Cov-2, e que uma em cada 10 pessoas pode continuar com os sintomas depois de 12 semanas.
Alguns pesquisadores entendem que a COVID longa pode ser uma “segunda onda” do impacto inflamatório causado pelo coronavírus no corpo.
Os pacientes com COVID longa são divididos em dois grandes grupos. O primeiro envolve pacientes que apresentaram formas leves a severas da doença. Nesses casos, acredita-se que a causa dos problemas seja a interação do vírus com o organismo. As pessoas podem apresentar sintomas prolongados como fraqueza, fadiga, cansaço, dificuldade de concentração, insônia e ansiedade. São sintomas mais leves, mas com impacto na qualidade de vida.
No segundo grupo se enquadram os pacientes que precisaram de ventilação mecânica. Nesses casos, as sequelas ocorrem principalmente pela relação entre a doença grave com os tratamentos adotados para dar suporte à vida. Essas sequelas podem ser mais sérias, persistentes e com impacto importante na qualidade de vida.
A COVID longa pode afetar pessoas de todas as idades e os sintomas variam. Eles podem desaparecer sem qualquer tratamento, ou ser debilitantes a ponto de requererem nova internação ou deixarem sequelas.
Os estudos mais recentes indicam uma grande variedade de sintomas apresentados pelos pacientes, independentemente de estarem internados ou não. Eles podem afetar o sistema respiratório, o sistema cardiovascular e coração, o cérebro, os rins, o intestino, o fígado e até mesmo a pele, variando em intensidade e duração. Embora não exista uma lista definitiva de sintomas compartilhados por todos os pacientes, as complicações mais relatadas incluem:
– fadiga/cansaço;
Além de outras alterações como: ansiedade/depressão; alterações cardíacas; neuropatia periférica (com formigamento, dormência, dor e/ou alteração de sensibilidade nas extremidades). O Ministério da Saúde lançou o projeto “Reabilitação pós-COVID-19”. O programa é executado pelo Hospital Sírio-Libanês, que apoia hospitais da rede pública na recuperação de pacientes após a COVID-19. O projeto-piloto de reabilitação foi realizado em cinco hospitais do Sistema Único de Saúde e demonstrou resultados importantes na recuperação da independência motora e funcional de pacientes pós-COVID-19, com aumento de 26% na evolução dos pacientes em relação à independência motora e funcional. O “Reabilitação pós-COVID-19” tem duas fases. A primeira tem duração de dois meses de intervenção e a segunda consiste em quatro meses de acompanhamento dos pacientes.
– dor de cabeça;
– perda de olfato e paladar por período mais prolongado;
– perda de memória e/ou dificuldade de concentração;
– queda de cabelo;
– dor nas articulações;
– dor torácica;
– tosse;
– falta de ar;
– distúrbios do sono
Fonte: Cartilha Bradesco