Entre os tipos de câncer infantil mais comuns estão:
● Leucemias, que atacam os glóbulos brancos, prejudicando a efetividade do organismo de combater infecções.
● Tumores do Sistema Nervoso Central, que afetam o cérebro e a medula espinhal, impactando funções motoras, sensoriais e também cognitivas.
● Linfomas, que comprometem o sistema linfático, essencial para a defesa imunológica do corpo.

Existem ainda outros tipos menos comuns que incluem o neuroblastoma, que surge nas células do sistema nervoso periférico, mais comumente na região abdominal; o tumor de Wilms, que causa danos aos rins; o retinoblastoma, que compromete a retina, podendo levar à perda da visão; o osteossarcoma, que é um tumor ósseo mais comum em adolescentes; e os sarcomas, que são tumores de partes moles, como músculos e tecidos conjuntivos.

Causas e fatores de risco
O câncer infantil possui causas diversas, sendo raramente associado a fatores ambientais ou ao estilo de vida, diferentemente do que ocorre no caso dos adultos.
Fatores como exposição excessiva a radiações ou ao tabagismo passivo podem aumentar o risco de certos tipos de câncer, mas essas associações ainda não estão completamente comprovadas.
A principal causa está ligada a alterações genéticas, que podem ser tanto herdadas quanto adquiridas. Alterações herdadas no DNA podem aumentar o risco de câncer em algumas crianças, enquanto outras desenvolvem a doença devido a mutações que ocorrem espontaneamente durante o crescimento celular.

Essas mutações podem transformar genes normais em oncogenes ou desativar genes supressores de tumor, levando ao crescimento descontrolado das células.
Embora o avanço da ciência tenha permitido entender melhor esses mecanismos, a maioria dos casos de câncer infantil ainda não tem uma causa externa conhecida.

Diagnóstico precoce
Detectar a doença cedo é de extrema importância, pois tumores infantis, apesar de agressivos, respondem bem às terapias como quimioterapia e radioterapia. É necessário que familiares e profissionais de saúde estejam sempre atentos e reconheçam os sinais de alerta:

● Leucemias: Palidez, sangramentos, fadiga e dores ósseas.
● Retinoblastoma: Estrabismo e reflexo branco na pupila.
● Tumor de Wilms/Neuroblastoma: Massa abdominal.
● Osteossarcoma: Dor óssea persistente.
● Tumores do SNC: Dores de cabeça, vômitos e alterações motoras.

Tratamentos
O tratamento do câncer infantil atualmente é multidisciplinar e pode envolver três abordagens principais: quimioterapia, cirurgia e radioterapia.
A quimioterapia utiliza medicamentos para atacar células anômalas ou impedir seu crescimento e é frequentemente o primeiro passo no tratamento, especialmente para leucemias e linfomas.
A cirurgia é indicada para remoção de tumores sólidos, como o osteossarcoma e o tumor de Wilms, quando a localização permite a retirada segura.
Já a radioterapia utiliza radiações ionizantes para destruir ou reduzir tumores, sendo comum no tratamento de tumores do sistema nervoso central.
Além disso, outras terapias também podem ser associadas. O tratamento é individualizado, levando em conta o tipo e o estágio do tumor e as características biológicas da doença, visando elevar a eficácia e diminuir os efeitos
colaterais.
O acompanhamento psicológico e o suporte nutricional também são fundamentais para o bem-estar do paciente durante o tratamento, garantindo uma abordagem integral da saúde da criança.

A luta contra o câncer infantil é um esforço que deve ser feito em conjunto. Com informação e apoio adequado, é possível mudar o prognóstico e oferecer um futuro melhor para crianças e adolescentes.